O "avanço" da Inteligência Artificial
Parágrafo abordando as discussões feitas em aula sobre Inteligência Artificial
A inteligência artificial, assim como todos os avanços tecnológicos, surgiram a fim de serem utilizados como instrumentos para a criação humana. No entanto, existe uma inversão dessa lógica, uma vez que a supervalorização da tecnologia e das respostas "infalíveis" produzidas por ela tem transformado instrumentos em muletas necessárias para a vida na sociedade. Nesse viés, trazendo a IA para tal contexto, ela passa a sobrepor o pensamento humano, visto que o pensamento automático e previsível, que não deixa espaço para a falta de uma resposta, é o foco principal do imediatismo da atualidade. Assim, como trabalha com probabilidades, essa ferramenta não recorre ao impossível ou improvável, que muitas vezes são os princípios de novas descobertas. Logo, o que seria um avanço limita o próprio desenvolvimento de outros avanços, e essa ideia difundida cada vez mais de que a inteligência artificial é superior a humana limita a criação e criatividade.
Além disso, a incapacidade de desenvolver um pensamento moral e a reprodução de padrões da sociedade, acaba por perpetuar preconceitos e estereótipos nas produções, mesmo quando a própria IA alega ser imparcial em suas respostas. Em paralelo a isso, como evidenciado no documentário O Dilema das Redes, as tecnologias passam a dominar o ser humano, tornando-o um objeto de controle, invertendo a lógica homem-objeto. Portanto, a dependência se inverte e racionalidade da máquina passa a ocupar a cultura e definir os pensamentos humanos .
Em suma, é necessário retomar o controle em relação as ferramentas utilizadas pelos seres humanos, de maneira que ele para de trabalhar em função delas, colocando-as no papel inicial de serem instrumentos.
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